Ir para o conteúdo

Conteúdo principal

Ana Pi

Fumaça

ALKANARA - Ana Pi - ©Ana Pi
@ Ana Pi
  • 22.11 2021
  • Local a definir
  • 21h00
  • Esgotado - reservas encerradas
  • M/12
  • 150 min

Entre exercício de memória e feitiço, o trabalho convoca a ficção colonial da História para dialogar com o colapso da realidade vigente. Os trânsitos arquitetônicos inevitáveis que conectam as cidades de Lisboa em Portugal e de Salvador no Brasil indicam com precisão o cenário deste ato: O Pelourinho.


Desta vez o pilar, que serviu para a implantação das dinâmicas de espetacularização do terror e da violência, é transformado em terreno para a execução de uma justiça epistêmica. Uma benzedura, um tempo dedicado à reflexão lícita e legítima acerca das torturas simbólicas que os monumentos teimam em operar.


Apesar de ocupar fisicamente o espaço público branco, por contraste a performance se concentra justamente no que é intangível, para não se dispersar no que sempre foi ruína. Uma celebração que busca restituir dignidade àquelas pessoas negras insubmissas que tanto tentaram nos alertar, quanto ensinaram a algumas de nós a escutar a coragem, ainda.


Seria a fumaça o presente, o passado ou o futuro do fogo?


- Ana Pi


Fumaça é uma ação que ocorre na rua e em parceria com Ana Sales /Cozinha Afetiva

A proposta integra a rede Terra Batida, uma rede de pessoas, práticas e saberes em disputa com formas de violência ecológica e políticas de abandono e, que organiza, regularmente, programas de residência artística. Este ano, Ana Pi participou da residência em Lisboa com foco na cidade e nos trânsitos em diferentes escalas(centro/periferia, rural/urbano, nacional/internacional, passado/futuro, local/global).

Nota biográfica

Ana Pi é artista coreográfica e da imagem, pesquisadora das danças urbanas, dançarina extemporânea e pedagoga. A sua prática se situa entre as noções de trânsito, de deslocamento, de pertencimento, de sobreposição, de memória, de cores e de gestos ordinários. Em 2020 ela cria a estrutura NA MATA LAB. NoirBLUE - os deslocamentos de uma dança (2018) é seu primeiro documentário e VÓS (2011) é um primeiro ensaio videográfico experimental. O BΔNQUETE, COROA, NoirBLUE, DRW2 e Le Tour du Monde des Danses Urbaines en 10 villes, são trabalhos que articulam coreografia, discurso e instalação. CORPO FIRME; danças periféricas, gestos sagrados é a prática que ela vem desenvolvendo e partilhando desde 2010. Atualmente, a artista realiza The Divine Cypher, projeto no Haiti pelo qual foi contemplada pelo programa Cisneros de Arte Latinoamericana do MoMA - New York, bem como está associada ao projeto Dancing Museums e também ao escritório Latitudes Prod. Ainda em 2021, em colaboração, ela desenvolve a criação da exposição coreográfica WOMEN com Ghyslaine Gau e Annabel Guérédrat, do conjunto de obras Rádio Concha com a filósofa Maria Fernanda Novo, além do ensaio RACE com @Favelinhadance e Chassol.

Artigos relacionados:

Voltar ao inicio
This website is using cookies to provide a good browsing experience

These include essential cookies that are necessary for the operation of the site, as well as others that are used only for anonymous statistical purposes, for comfort settings or to display personalized content. You can decide for yourself which categories you want to allow. Please note that based on your settings, not all functions of the website may be available.

This website is using cookies to provide a good browsing experience

These include essential cookies that are necessary for the operation of the site, as well as others that are used only for anonymous statistical purposes, for comfort settings or to display personalized content. You can decide for yourself which categories you want to allow. Please note that based on your settings, not all functions of the website may be available.

Your cookie preferences have been saved.