María del Mar Suárez (La Chachi)
Os intransponíveis Alpes, à procura do Currito

- 21.11 — 22.11 2025
- Espetáculos / Performances
- Centro Cultural de Belém - Pequeno Auditório
- M/12
- 60 min
- Espanhol com legendas em Português e Inglês
O flamenco como base para uma busca incansável que tropeça, transgride e recomeça.
Em Os intransponíveis Alpes, à procura do Currito, María del Mar Suárez — coreógrafa andaluza também conhecida por La Chachi — conduz-nos por uma travessia física e emocional entre o trágico e o absurdo, entre o riso e o desespero. No centro da cena está a busca de “Currito” — figura ausente, evocada, inalcançável — e uma montanha impossível de escalar que se torna metáfora do desejo, da fé, da perda ou do amor.
A peça cruza flamenco com linguagens urbanas e contemporâneas — do krump ao voguing — num corpo que dança como se escalasse. O flamenco irrompe em espasmos, torce-se, quebra-se, tropeça, recomeça. A música ao vivo, interpretada por dois músicos e uma cantora, ocupa o centro da cena e arrasta-nos num crescendo repetitivo que se adensa como uma avalanche, deixando a dúvida: assistimos a um concerto ou a uma peça de dança?
Entre confrontos e silêncios, La Chachi desenha no palco o caminho serpenteante da escalada, da procissão, da procura por alguém que não se deixa encontrar. Dança o inalcançável — e nós vemo-la como do alto de uma montanha, sem conseguir desviar o olhar.
Conversa pós-espetáculo com María del Mar Suárez a 22 Nov.
Ficha Artística
Ideia original, direção e interpretação María del Mar Suárez (La Chachi) Canto Lola Dolores Guitarra Francisco Martín Percussão Isaac García Iluminação Azael Ferrer Som Pablo Contreras Texto Cristian Alcaraz Olhar externo Alberto Cortés Figurino Nantú Audiovisual 99páginas/ Tandem759 Desenho gráfico Tiquismiquis.club Produção em digressão Inés Lambisto Comunicação e gestão Luisa Hedo Financiamento Universidad de Málaga, Junta de Andalucía, Fundación Nina Carasso

María del Mar Suárez, La Chachi, é uma atriz e bailarina natural de Málaga, onde se lincenciou em ambas as disciplinas. O seu trabalho distingue-se por uma linguagem própria, que funde flamenco, teatro físico e dança contemporânea. Especializou-se em flamenco com La Lupi e colaborou com nomes como Alberto Cortés, Belén Maya e Fernando López. A sua estreia La Gramática de los Mamíferos foi distinguida com três Prémios PAD e o Prémio Lorca de Melhor Intérprete Feminina. Em 2019, apresentou La Espera, incluída na programação do Teatro Central, em...